Às 7 horas fomos fazer o check in e foi aí que a brincadeira começou a perder a piada. Perdemos algum tempo porque havia dois “Joões” Martins nesse avião e dizia no computador que um deles já tinha feito o check in. A senhora da TAP tinha que garantir que existiam mesmo dois ou que havia um erro no sistema por questões de segurança...
De repente, quando supostamente já estava tudo resolvido, a senhora perde o sorriso e diz:
- Ah. Calma. Já não dá.
Saiu do balcão e vai embora. Foi muito engraçado. Ah, ah, ah.
(Sim. É o Zac Effron mas este GIF expressa demasiado bem a minha reacção para eu o dispensar só porque é um ídolo adolescente.)
Quando a senhora volta diz, a seco:
- Está tudo resolvido mas já não vão neste voo :D
O pânico instalou-se. Eu, para variar, só me consegui rir para não chorar. A senhora foge de novo sem qualquer tipo de explicação.
Como sempre, tuga que é tuga, arma-se em MacGuyver e desenrasca...até na TAP. Outro senhor aparece e, num discurso sintético diz:
- Podem ir neste voo. Não digam isto a ninguém que não fica muito bem até porque isto é uma excepção mas para a próxima tentem vir mais cedo :D
E a senhora completa, espalhando a pressão e caos:
- Têm dez minutos para apanhar o voo. Corram um bocadinho que ainda é longe :D (sempre com o sorriso comercial que qualquer profissional das companhias aéreas conseguem fazer)
O PÂNICO DE TERMOS DE NOS DESPEDIR EM 30 SEGUNDOS PARA CORRERMOS ATÉ AO “LONGE” (que afinal ficava a 3 minutos dali a passo rápido)
Não chorei. Nem sequer tive tempo para ter grandes emoções. Foi horrível.
Corremos o melhor que conseguíamos porque...eu tinha 12 kg divididos em duas mochilas que abanavam quando eu corria. Chegámos ao controlo com os detectores de metais e essas porcarias todas (não me lembro do nome) e, no meio do pânico de perder o avião, ainda me tive que descalçar porque o raio das galochas têm metal. Contínuamos a correr até ao avião e é aí que a Marina não encontra o cartão de cidadão e começa a pensar que provavelmente o deixou nos detectores de metais, que ainda ficavam a uma distância razoável. Afinal estava comigo, faltavam uns 3 minutos e ainda nem tinham começado a embarcar.
É aí que eu finalmente consigo pensar: estou-me a ir embora.
Telefonei ao Joan que já tinha tido mais tempo para se aperceber do que é que fosse e foi aí que deprimi. A viagem de autocarro foi um bocado deprimente e estava mesmo muito nervosa com a ideia do “pass the point of no returning” (Fantasma da Ópera meus caros).
Entramos no avião e volta o histerismo. TUDO era razão para ficarmos histéricos. Grande episódio maníaco.
Era tipo, dão-nos o pequeno almoço:
PEQUENO ALMOÇOOOOoooOOOOOO AHAHAHA (com grunhidos aleatórios) QUE FIXEEE! É TUDO FIXE! OH MEU DEUS TEM BACON!
BACOOOOOOOON!
O avião foi voando como é suposto. Fomos acalmando e acho que só termos dormido uma hora ajudou porque estavamos ligeiramente anestesiados com o cansaço.
Não me apercebia bem do que é que estava a acontecer. Estava a viajar...durante 6 meses e sem saber o que me ia acontecer (Sim. Eu sei que venho cá em Março. Chiu!).
No comments:
Post a Comment